quarta-feira, 25 de junho de 2014

Jornal Lotus - Inverno 2014


A COPA DO MUNDO COMO UMA OPORTUNIDADE DE UNIÃO FRATERNA

Há no homem uma vontade inata de compreender, unir e compartilhar as diferenças. Tais características podem ser notadas quando observamos crianças. Há uma curiosidade natural voltada para o outro, querendo descobrir e trocar experiências. Ao longo da vida, a espontaneidade esvanece-se; a ordem social acaba passando valores bons e úteis, mas também preconceitos, proibições, atitudes e dificuldades ao lidar com as diferenças. O jogo, as tarefas comunitárias, a necessidade imposta pela vida e a arte são algumas formas de acabar com as cercas que nos dividem, seja por causa do sexo, religião ou imposições sociais.
No livro A Arte dos Pajés, de Orlando Villas Bôas, é contada a história de um incêndio que destruiu uma aldeia com oito grandes malocas. O fogo foi causado por um menino de 5 anos e nada foi feito contra o malfeito da criança ou sua família. A interpretação indígena foi que sendo causado por uma criança, o tal incêndio teria sido a vontade da Providência devido ao distanciamento dos membros da tribo. Seria uma forma de unir a todos nas tarefas comuns advindas da necessidade de apagar o fogo e reconstruir a aldeia. As mulheres inglesas conquistaram mais liberdade quando tiveram que substituir os homens no trabalho pesado, até de construção, pois a maior parte deles estava na guerra e o trabalho para o país tinha que continuar. E o mercado de trabalho abriu-se para as mulheres pela própria necessidade geração de maior renda familiar do que pelas lutas que inspiraram as mudanças. A tragédia e dificuldades unem famílias e povos, mas a arte e a alegria compartilhadas também fazem este elo.
Nesse momento, o nosso Brasil tem a oportunidade de receber irmãos de todo o mundo e de culturas tão diferentes e os lugares distantes deste país continente oferecem a oportunidade de experiências nunca vividas. Índios que nem possuem televisão jogam futebol e torcem pelo nosso país, um grupo foi a um estádio pela primeira vez e já há times indígenas, uma boa dica de aproveitamento do estádio do Amazonas - lindíssima inspiração na arte indígena -  criar um novo campeonato. A copa demonstra que barreiras caem quando estes povos assumem-se brasileiros. O povo brasileiro, que não costuma nem ouvir o hino por pura impaciência, fez questão de cantá-lo todo, à capela, e a moda espalhou-se entre outros povos, uma forma de união sem separação, apenas uma demonstração de amor genuíno pelo torrão natal e irmãos compatriotas, absolutamente contagiante e imediatamente percebida pelo inconsciente coletivo. E o que dizer de europeus caindo no forró das festas juninas que iniciam-se no nordeste com o brilho que as caracteriza? E dos sauditas que organizaram uma feira de demonstração sua cultura em uma feira em São Paulo? Ficaram encantados com a troca, havia até mulheres sauditas aplicando desenhos com hena nas mãos das mulheres estrangeiras, e pelo menos uma artista apresentando seus trabalhos, participando de um evento onde não estariam inseridas em sua terra. Um dos sauditas comentou com o jornalista a sua frustração por não poder ter esta oportunidade de partilha com o universo feminino em seu país. Iranianas talvez não possam torcer por seu país no estádio, entre tantos homens, mas ficará a visão da participação feminina de tantas outras mulheres como inspiração. E o que dizer da torcida japonesa que nos deu uma lição de educação retirando o que ficou jogado nas arquibancadas do estádio após o jogo? Nós que custamos a aprender a não jogar lixo até das janelas dos carros.
Apesar dos erros desta Copa, certamente haverá ganhos inexprimíveis com a convivência e a diversidade. Melhor usar a interpretação indígena da Providência e descobrir o que todos podemos aprender juntos. Essa é uma missão que cai muito bem em um país onde a diversidade faz parte do contexto e cumpre a finalidade da fraternidade mundial. Esperamos todos que a energia poderosa desta convivência possa aplacar um pouco as guerras entre etnias e povos que têm trazido tanto sofrimento e transformado tantas famílias em refugiados.
Regina Medina






NOTÍCIAS DA OTS-Rio de Janeiro -No dia 24 de março , o irmão  Eduardo Weaver, esteve no Rio de Janeiro e apresentou uma palestra  inspiradora: A TRANSIÇÃO PARA A ERA DE AQUÁRIO:  Oportunidades, desafios e preparação espiritual. Aproveitando a oportunidade e a presença do Editor-chefe da revista Sophia, e tendo em vista a celebração dos 10 anos do informativo da OTS-RJ,  a Coordenadora da OTS do Rio, Silvana Souhami,  entregou uma placa de agradecimento aos editores e responsáveis pelo trabalho de divulgação que tem sido feito pela revista,  para membros e público em geral.



Até o momento, a Copa do Mundo não ajudou seu mascote Fuleco, um tatu-bola, a fugir do risco de extinção. Essa é a opinião de cientistas que lançaram, este mês, uma campanha que pede que a Fifa se comprometa a adotar ações de conservação mais efetivas. A proposta foi descrita em um artigo publicado na revista "Biotropica: The journal of Tropical Biology and Conservation".
A Caatinga é um dos biomas onde vive o tatu-bola. O tatu-bola é um animal curioso de 50 centímetros que, quando sente a aproximação do perigo, se recolhe e, com sua dura carapaça, forma uma bola perfeita. Daí a sua escolha como mascote do Mundial.
A caça e a destruição de da Caatinga são as principais ameaças à sobrevivência do animal. A ONG Associação Caatinga propôs à FIFA que adotasse o tatu-bola como mascote convencida de que o Brasil, um país de rica biodiversidade, deveria vincular a Copa do Mundo ao meio ambiente e aproveitar o evento para proteger espécies e ecossistemas em risco.
 Tatu-bola, mascote da Copa do Mundo, é visto ao lado de uma bola em zoológico do Rio de Janeiro (Foto: AFP Photo/Vanderlei Almeida)



O tatu-bola - cujo nome científico é Tolypeutes tricinctus, em alusão às três faixas que permitem que sua carapaça se encaixe em forma de bola - é "a única espécie de tatu endêmico do Brasil", além de ser a menor e menos conhecida, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

"O tatu-bola não cava buracos, e suas únicas estratégias de defesa são a fuga e se recolher sob sua carapaça, mas mesmo correndo em fuga, pode ser alcançado facilmente por uma pessoa e, quando se enrola [uma posição que pode manter por 20 ou 30 minutos], pode ser agarrado sem riscos para quem o caça", diz o Livro Vermelho. 
Mais de 1,7 milhão de pessoas votaram para escolher o nome do pequeno tatu, que pesa menos de um quilo e se alimenta de formigas, raízes e frutas. "Fuleco", combinação das palavras "futebol" e "ecologia", foi o escolhido.
Mas, até agora, "Fuleco não usou nenhum discurso ambiental e não diz que está em risco de extinção. Muitos nem sabem que Fuleco é um tatu, nem mesmo aqui na Caatinga, de onde o animal é originário", explicou à AFP Rodrigo Castro, presidente da Associação Caatinga.
Dê seu apoio à campanha : www.acaatinga.org.br - A OTS –Rio já compartilhou na sua página do facebook.



IX ENCONTRO DA PRIMAVERA da Sociedade Teosófica no Brasil do Rio de Janeiro. Tema: YOGA COMO CAMINHO PARA A LIBERTAÇÃO.
               
Dias 19, 20 e 21 de setembro de 2014, no Hotel Fazenda Miguel Pereira.
O pacote inclui dois pernoites, com sete refeições vegetarianas, por R$ 220,00 por pessoa em quarto duplo, quarto individual R$ 250,00. Há um City Tour opcional, no domingo, pelo valor de R$ 15,00. 
Forma de pagamento: quatro parcelas de R$ 55,00, até o dia 10 de agosto. Contato através do Telefone (21)2220-1003, sempre de segunda a sexta-feira, a partir das 16h ou diretamente com Chirley, Ângela ou Fernanda. Por E-mail: striojan@gmail.com.