Texto de Regina Medina.
É uma cidade pequena no litoral sul da Bahia. Possui praias lindas que encantam os turistas de todo o Brasil. Segundo as informações históricas, surgiu de uma aldeia habitada por índios Tupiniquins até a chegada dos europeus em 1.530. Cerca de 1718, um Jesuíta chamado Luis da Grã construiu a Igreja de São Miguel às margens do Rio de Contas, quando então, o povoado passou a se chamar São Miguel da Barra do Rio de Contas. Foi elevada à categoria de Município em 26 de janeiro de 1.732, por ordem da Condessa do Resende – Dona Maria Athaíde e Castro, donatária da capitania de Ilhéus, sendo nomeada Itacaré somente em 1.931. Fez parte do “ciclo do cacau”, enriquecendo os “coronéis” da época.A igreja é simples, situada em uma praça onde está situada uma árvore enorme. Ao visitar este local, eu estava exatamente lá, observando o entardecer e a paisagem encantadora da cidade e do rio, quando notei a algazarra de milhares de pássaros que sobrevoavam a praça, cobrindo o céu. Impossível não perceber um evento tão incrível. Perguntei se era sempre assim e fui informada de que todos os dias, por volta do entardecer, aqueles animais se aninhavam naquela árvore em frente à Igreja. A primeira reflexão foi: Como caberão todos na árvore? E aí começou um espetáculo inesquecível. Enquanto muitas andorinhas voavam em círculos , um grupo organizadíssimo destacava-se em uma formação de fileira e ia alojando-se em um determinado canto na árvore. Acabada a operação, destacava-se outro grupo seguindo seu líder e buscava o seu canto. E a operação repetiu-se até o fim, com a grande árvore abrigando todos aqueles seres, emitindo os sons que os pássaros costumam apresentar nesta hora de recolher, tudo com muita animação, como se estivessem conversando e festejando o início da noite, em uma longa operação. Como em um edifício, cada grupo no seu andar e canto.
Igreja de São Miguel – Itacaré
Perguntei a um morador local já acostumado com aquele espetáculo diário, se o fato era importante para ele. Disse-me que havia divergências de opinião devido à sujeira que os pássaros causavam na pracinha após cada noite. Havia até quem quisesse cortar a árvore para acabar com aquilo e que já teriam tentado (não sei como) fazer com que as andorinhas buscassem outra moradia, mas sem sucesso.
Não sei como estão hoje as andorinhas e se a árvore ainda existe. Só posso dizer que jamais esqueci ou esquecerei aquele momento mágico em que fiquei hipnotizada e emocionada com o que vi. Para mim e para outros turistas, foi um anoitecer inesquecível. A demonstração de inteligência, espírito de grupo e organização das andorinhas deveria ser um exemplo para os seres humanos, que tanta dificuldade têm para compartilhar e acolher os seus irmãos. Partilharam aquele grande ninho sem egoísmo, sem lutas e com alegria. Não dava para acreditar que todos couberam naquela árvore. Pensei que tal acontecimento deveria ser valorizado pela Prefeitura, pela Igreja local e por todos os cidadãos de Itacaré. Seria mais fácil recolher as fezes dos bichinhos como estrume, em recipientes colocados no jardim para esta finalidade. Qualquer artista local (e são muitos) poderia criar uma solução, ou poderia ser feito um concurso para a melhor sugestão. Mas aquele espetáculo diário, o entardecer em frente à Igreja, recordando o sagrado que mora no coração da natureza e de cada ser humano e refletindo a divina beleza e inteligência refletida no todo, é algo poético, espantoso e inegociável. Espero que tenham preservado aquela árvore maravilhosa e enorme que foi escolhida como moradia pelas as andorinhas alegres e inesquecíveis de Itacaré. São patrimônio do meio ambiente local, de todos os naturais daquela terra e de todos os turistas com sensibilidade para com a beleza das praias, dos coqueiros e das andorinhas de Itacaré.
Segundo informação no site sobre a história da cidade, o significado da palavra Itacaré ainda hoje gera muitas dúvidas, alguns dizem ser “Pedra Torta”, outros dizem ser “Pedra Bonita” mas, segundo uma pesquisa feita junto à Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia, a palavra Itacaré é formada por: “itacá” = rio ruidoso + “ré” =diferente. Desta forma, concluiu-se que o nome Itacaré significa “rio de ruído diferente”.
Sugestão de texto para o Informativo enviado por Hilda Espíndola Garcia, da Loja Jinarajadasa, RJ :
Felizmente, a cantiga ficou velha, exprime a forma como os animais eram pouco respeitados já está superada. Hoje há duas versões: uma educativa, ensinando que devemos respeitar os animais; a outra vem sendo difundida através de vídeos infantis como os da série “Bebê Mais” e da “Galinha Pintadinha”. Todos lindos, atraentes até para bebês e que muito auxiliam as mães o estímulo e educação dos filhos. A letra tem algumas estrofes bem alegres e interessantes, mas a principal é:
“Fui morar numa casinha infestada de cupins,
Saiu de lá uma lagartixa que olhou para mim
E fez assim... ( faz-se uma uma careta).
Eles amam. A Dona Chica é coisa do passado. Repassem a nova cantiga.
VACAS ESTÃO SENDO MORTAS NA ÍNDIA - Notícia enviada por Fernando Mansur, membro da Loja Augusto Bracet, RJ.
No jornal FOLHA DE SÃO PAULO do dia 30 de maio de 2013, saiu uma notícia estarrecedora. A mudança de mentalidade das classes mais abastadas da Índia vem provocando o roubo de gado , morte e venda ilícita de carne bovina. Chegou a tal ponto que A Índia superou o Brasil como o maior exportador de carne bovina, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Boa parte da carne exportada é de búfalo, mas os matadouros expandiram-se. Que tristeza! A Índia é um país com milhares de anos de experiência em vegetarianismo e agora faz esta vergonha. Lamentamos muito.
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