domingo, 23 de março de 2014

Ano 10 - Nº. 40 Outono – 2014


JORNAL LÓTUS  - 10 ANOS
INFORMATIVO DA ORDEM TEOSÓFICA DE SERVIÇO - RJ
EDIÇÃO ESPECIAL      
Ano 10 -   Nº. 40    Outono – 2014 
“A união de todos os que amam a serviço de tudo o que sofre.”
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                        10 anos de Informativo da Ordem Teosófica de Serviço do Rio de Janeiro. Valeu a persistência de 10 anos divulgando mensagens da OTS no Rio de Janeiro.  Hoje a OTS é um trabalho presente junto à Seção Nacional da Sociedade Teosófica, sendo conhecida e organizada em Lojas e grupos Teosóficos por todo o Brasil. Sua Coordenadora Nacional, Andréa Resende, tem organizado Bazares ,com muito sucesso, durante as  Escolas de Inverno e de Verão da ST, cujos lucros são sempre destinados a inúmeras instituições filantrópicas.
O Informativo da OTS- Rio, que em certa época representou a OTS Nacional, fez a sua parte nestes dez anos, não deixando o serviço cair no esquecimento e ampliando  a divulgação do trabalho da Ordem fundada há mais de cem anos pela Dra. Besant, na Índia, cujo ideal está cada vez mais necessário e atual

 

 
    

O Jornal Lótus, Informativo da Ordem Teosófica de Serviço do Rio de Janeiro, completa dez anos de idade. Nasceu em setembro de 2004 e apresentou o personagem Théo, criação de Ailton Santoro, da Loja Rio de Janeiro, que apresentou reflexões de um teósofo, de uma maneira cheia de humor e interessante. O outro simpático personagem é o Pirilampo, nova criação do artista, que é encantador. Durante estes 40 números, o jornalzinho divulgou assuntos relativos à Ordem, mantendo-a viva e atuante entre os Teosofistas.

A FRATERNIDADE UNIVERSAL PRECISA DE IDEAIS ABRANGENTES

A humanidade atual chegou a um individualismo assustador. Apesar da enorme evolução da comunicação, apesar das evidências de que qualquer ser humano pode realizar  coisas boas e importantes para o todo, muitos sequer dão-se conta de algo que não seja ele mesmo ou o que lhe interessa, particularmente. Palavras como obrigado, por favor e desculpe-me são raramente usadas, principalmente pelos mais jovens. No nosso país, a mídia valoriza o esperto, aquele que sempre consegue levar vantagem e o trabalho pelo coletivo ou até mesmo o respeito pela autoridade, pelo grupo, pelo professor, pelo mais velho, pelo mais fraco, vem caindo em desuso ao longo do tempo. Os que  já estão com mais de 50 anos viveram tempos em que as pessoas tinham um ideal de luta por maior liberdade, mais direitos humanos, etc. Esta geração mudou o estilo de vida das mulheres, deu maior liberdade aos filhos, crianças ou jovens; hoje, já na terceira idade, criam um novo tipo de idoso, mais livre, mais consciente da necessidade de cuidar do físico e da saúde, de viver uma vida mais alegre e participativa. Mas talvez não tenham passado valores que incluam o outro, e enfatizaram o individualismo e a liberdade descompromissada, pois não a viveram. Há uma tendência geral a cuidar se si mesmo , trabalhar muito e desvalorizar a troca fraterna , a convivência , o olhar compreensivo, e dá-se pouca atenção ao que não está diretamente ligado aos próprios interesses. Não adianta defender “ o meu grupo”. É preciso defender conceitos universais tais como liberdade, respeito, não violência, direito à saúde, à vida,  ao conhecimento e à expressão. Precisamos de ideais mais do que nunca. Mas em cada um destes ideais, o que importa é a percepção de que TODOS merecem uma vida digna que lhes favoreça o progresso ,e a noção de que  o direito de um termina onde começa o do outro. Este é o limite. Eu posso cantar , dirigir, festejar, mas não posso incomodar ou ferir ao outro , o som não pode prejudicar o sono de quem dorme ou a audição dos outros. Em países desenvolvidos e mais sérios , não se vê crianças na rua em horário escolar. Elas estão onde devem estar e só após o turno , por volta das 16 horas, é que aparecem de repente. Mãe pedindo dinheiro com bebê no colo o dia inteiro, nem pensar. Mas aqui, a mãe pobre e que trabalha não tem onde deixar o filho e pais de classe média gastam uma boa parte do salário para conseguir uma boa creche para os filhos. Mas não há um grande interesse em resolver a questão.

Basta olhar as notícias no jornal para notar que até mesmo entidades sérias pecam pela visão estreita na hora de lutar pelos ideais que defendem. Luta-se por direitos de descendentes de escravos do passado. Mas os mesmos grupos não defendem os escravos atuais, gente pobre e ignorante de todos os tipos, que é mantida em escravidão no campo, nas usinas , as crianças escravizadas pelo trabalho infantil, nas guerras, na exploração sexual etc., aqui e em outros lugares do mundo. E quem se importa com o horário de trabalho abusivo de pessoas que trabalham em um shopping , em um supermercado ou outro lugar do tipo explorador , a quem é negado uma convivência familiar adequada? A mídia e os grupos de direitos humanos costumam preocupar-se , é claro, com a forma que os presos devem ser tratados, mas esquecem-se do sofrimento por que passam as vítimas. Pouco se menciona as vítimas policiais, por exemplo, ou mesmo de qualquer  família que perde seu  chefe, deixando uma mãe com filhos para serem criados. E será lícito respeitar uma “tradição” que mutila a genitália das mulheres, mata um dos filhos gêmeos, corta a mão do ladrão , estupra como castigo ou mata porque é homosexual? Não será hora de refletirmos  e exigirmos mudanças que levem em conta o avanço da humanidade no sentido da evolução e dos ideais universais? Passa a valer o que traz felicidade a todos. Lutas marciais de várias tradições , por exemplo, Transformaram uma forma de causar sofrimento e morte em excelentes exercícios capazes de dar saúde física e formar atitudes de respeito, fraternidade e destreza mental. É também o caso da capoeira, hoje bastante praticada até mesmo por crianças nas escolas, de grande beleza e já espalhada pelo mundo.

Há pouca luta por trabalho, creches , escola e saúde decente para todos. As crianças, os idosos e os animais  precisam mais ainda de quem os defenda, pois são mais vulneráveis. Há pouco um pai matou seu filho de 6 anos de pancadas porque o mesmo  “parecia” ser gay. A pobre criança não ia à escola e sua mãe nordestina, com mais dois filhos, despachou-o para o Rio , para viver com um pai que nem conhecia, quando a Escola começou a cobrar a a obrigatoriedade de frequência. Nenhum grupo de defesa de homosexuais ou outro de direitos humanos apareceu para  reclamar e fazer algo ao menos em memória do pequeno mártir. Seria o caso menos importante do que o beijo gay na TV que causou tanto alarde? E o que dizer das taxas altíssimas de pedofilia, violência contra as mulheres e contra crianças, até por parte das mulheres , infelizmente e inclusive .

É preciso indignar-se, é preciso lutar pela conscientização e pela fraternidade universal. Valores universais valem para todos, trazem vida, felicidade e evolução para todos. A Teosofia tem a fraternidade universal como sua meta e a Ordem Teosófica de Serviço aponta vários caminhos para ajudar na encarnação destes valores aqui no planeta.

Regina Medina – membro da Loja Conde de Saint Germain e editora do Lótus.


A Imaculada Concepção e a Mulher Eterna

  Baseado no livro de Geoffrey Hodson intitulado A Vida do Cristo do Nascimento à Ascensão, realizamos este estudo intitulado A Imaculada Concepção e a Mulher Eterna. O enfoque será na simbologia oculta que envolve as narrações que relatam a anunciação, a concepção e o nascimento da vida de Jesus o Cristo. Após a apresentação das simbologias, procuramos fazer um paralelo com a simbologia do personagem bíblico Maria como a Mãe do Mundo, e referenciar o seu trabalho na qualidade de guardiã da mulher. A Mãe do Mundo trabalha em estreita colaboração com os agentes Lipika, ou os Senhores do Carma. Em seu plano, a Mãe do Mundo está envolvida com o trabalho de prover corpos adequados para egos bem desenvolvidos, e essa tarefa não é fácil. Milhares de egos avançados estão prontos para a encarnação, a fim de poderem ajudar no trabalho de Instrutor do Mundo, mas a dificuldade de encontrar corpos adequados é muito grande. Procuramos sensibilizar as mulheres, nossas irmãs, para uma reflexão mais profunda com relação ao cumprimento do nosso trabalho para com a vida e o plano maior, cooperando sempre que possível com este poderoso Arcanjo que é a Mãe do Mundo. Como consta em uma publicação do ano de 1928, escrita C. W. Leadbeater, “A mulher não deve ser considerada apenas como um apanágio do homem, uma vez que ela não foi feita para o seu mero benefício ou prazer, mas os dois devem se realizarem como poderes iguais embora em personalidades diferentes.  A missão da mulher é tornar-se a mãe de futuros ocultistas - daqueles que vão nascer sem pecado.” Neste sentido o pecado poderia ser muito bem entendido como por uma concepção imaculada, ou seja, uma concepção pura entre Egos.

  Se, então, quisermos fazer parte desta tarefa gloriosa dos que trabalham para a Mãe do Mundo, há várias linhas de atividade abertas para nós. ​​Através de palestras, escrita, ou usando influência entre amigos, podemos tentar o nosso melhor para promover e expor a grande ideia da espiritualização do amor. Ou podemos tentar ajudar na instrução das mulheres, na higiene do parto, e na necessidade de ambas, a preparação física e espiritual para isso, ou ainda, na prestação de condições adequadas para as mulheres pobres, tanto antes como depois da época de gestação. Mais uma vez, podemos nos dedicar a qualquer um dos ramos do trabalho relacionado com a promoção do tipo certo de educação para crianças de várias idades. Estaremos assim, expandindo o aspecto do poder do arquétipo feminino em nossas vidas.

Simone Pitta – membro da Loja Esperança, de João Pessoa, responsável pela coordenação dos trabalhos da OTS da Paraíba. Fontes:

LEADBEATER. C.W. The World Mother As Symbol and Fact BY. Disponivel  em THE THEOSOPHICAL PUBLISHING HOUSE ADYAR, MADRAS 600020, INDIA First Edition 1928.HODSON. Geoffrey. A Vida do Cristo do Nascimento à Ascensão. Editora Teosófica- Brasília, 2001 segunda edição.

 

 ORDEM TEOSÒFICA DE SERVIÇO EM VITÓRIA – ES: O trabalho da OTS está a cargo da coordenadora Elvira Lopes que realiza um belo trabalho junto a pessoas deficientes de uma instituição católica de Vitória. O Presidente da Loja Blavatsky, o irmão Konstantin Gouveia, realiza atendimento oftalmológico gratuito às freiras e internos da mesma instituição em seu consultório.

 

 

O FIM DA VIOLÊNCIA 

Para investigar as causas da violência precisaríamos ir além desta vida.

A Sra. Radha Burnier, em um de seus artigos na revista Sophia, nos fala sobre a “transferência de opressão”.

Ela diz que “a transferência de opressão é um fenômeno conhecido no mundo E cita exemplos

“Alunos que foram severamente punidos por seus professores na escola levam isso adiante e tratam seus alunos da mesma forma ao se tornarem professores. A nora que nas sociedades tradicionais é humilhada e maltratada faz o mesmo com sua própria nora, pouco tempo depois.” O educador Paulo Freire, no seu livro Pedagogia do Oprimido, ensina que o oprimido carrega em si o opressor.

Casos de opressão ocorrem também entre sociedades, entre países. E num mesmo país vemos grupos antagônicos guerrearem entre si.

A propósito disso, a autora faz o seguinte questionamento:

“Mas suponhamos que não exista outra nação ou grupo sobre os quais a raiva reprimida possa ser liberada, o que acontece? Ela pode permanecer reprimida até a próxima encarnação. De que outra maneira podemos explicar os atos inacreditavelmente desumanos de uma parte da humanidade, mesmo entre pessoas supostamente bem-educadas?”

Por tudo isso, é urgente refletirmos permanentemente sobre a sugestão do Mestre Jesus:

“Ama teus inimigos, faz o bem àqueles que te odeiam e reza por aqueles que te perseguem...”

Este é um ensinamento utópico?

O fim da violência externa começa com o fim da raiva interna, reprimida ou não. Que tal fazermos uma experiência e tomarmos a iniciativa de terminar com uma rusga antiga? Quem liberta aos outros, a si mesmo liberta.

Paz a todos os seres.

Fernando Mansur , membro da Loja Augusto Bracet ; artigo publicado no Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, onde é colunista. 

OPORTUNIDADES DE SERVIÇO OFERECIDAS PELA OTS

Organização: É necessário que um membro da ST responsabilize-se pela organização, mas simpatizantes são sempre bem-vindos.

Ação social – Arrecadação de recursos em campanhas  para ajudar instituições. Apoio a entidades que trabalham seriamente  pelos Direitos Humanos e proteção  a idosos, crianças  necessitados. Defesa da ética como ação  em todos os campos da vida, do respeito ao outro, da liberdade e da não violência.   


Campanha de Natal 2013 e material escolar para o início do ano - LAR DE ANÁLIA FRANCO , pela  OTS RJ.

 










 Cultural – Informações culturais que divulguem assuntos relacionados com os ensinamentos e valores teosóficos e propostas de trabalho da Ordem (jornais, artigos,livros,filmes,músicas). Organização de eventos culturais que unam os MSTs e celebrem suas datas importantes.

 Espiritual – Meditação pela paz , informações sobre terapias, vegetarianismo, cura, alimentação natural. Ritual de cura de acordo com a  proposta da OTS internacional.

 Proteção Animal – Apoiar as entidades que defendem os animais e participar de suas campanhas, combater a vivisecção, divulgar dados e estudos sobre a inteligência, sensibilidade, emoções e alma dos animais. Divulgar o vegetarianismo.                            

 Cidadania e Meio Ambiente – Trabalhar pelos direitos humanos, a proteção ambiental, a Ecologia, a Educação, os valores, o consumo consciente,a higiene etc.     

   Paz Mundial – A defesa da paz e de todos os valores que a sustentam, conscientização, apoio a atitudes fraternas. Exemplo da atitude de religiosos durante os conflitos no Egito: Cristãos protegem muçulmanos para que possam rezar. Muçulmanos protegem cristãos para que também possam rezar. Imagens que não poderiam expressar melhor o respeito à religião do outro. 

PAZ A TODOS OS SERES !

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